DANI FERREIRA

Lançamento na Livraria Travessa

Dani Ferreira nasceu no Rio de Janeiro, em 1993. Começou a escrever o seu primeiro livro aos 17 anos e, cinco anos mais tarde, lançou Derek Dustin e As Crônicas do Rei: A Irmandade Secreta.

A série nasceu para ser uma mensagem de esperança com valores cristãos, voltada para o público infantojuvenil. O desejo da autora é, através de uma boa leitura, inspirar valores do Reino de Deus, como verdade, honra, justiça, amizade e fé.

Dani é membro da Igreja Metodista Centenário, em Teresópolis/RJ, onde reside atualmente com a família. Em entrevista exclusiva, concedida no Instituto Metodista de Formação Missionária – IMForM, a jovem autora fala sobre suas inspirações, dificuldades e carreira como escritora.

– Como surgiu a proposta do livro? 

Dani Ferreira: O nome do livro é a Irmandade Secreta, que é o livro 1 da série Derek Dustin e as Crônicas do Rei. A princípio eu planejei fazer três livros. Comecei a escrever o primeiro em 2010 e publiquei em outubro de 2015. A história se baseia em um mundo extraordinário, onde a ciência e a tecnologia avançaram de tal modo que aprimoraram a raça humana: se resume em um ser dotado de habilidades extraordinárias, como super força e super velocidade. Isso foi possível através de um aprimoramento genético, uma programação genética. Nesse mundo a procriação só é permitida legalmente através de uma lei de que garante a melhor programação genética dos pais para passar de geração em geração essas habilidades. E a historia, eu tive o estimulo do meu pai, que é pastor e está muito ligado aos livros e as novidades do mundo da literatura. Ele me estimulou muito a escrever uma historia que nós gostássemos de ler. Minha irmã também participou do projeto, lendo e me dando dicas e ideias para melhorar a minha escrita. Então eu posso dizer que é um projeto sonhado em família. A gente foi sonhando junto.

– De que se trata a história?

Dani: Derek Dustin é o nome do personagem principal da história e as Crônicas do Rei é referente aos relatos do rei, que começam a surgir neste primeiro livro, mas ainda há  um mistério a respeito disso. A irmandade secreta é um grupo que luta secretamente contra esse sistema, que domina todo o mundo. E esse grupo luta contra o imperador, que é o vilão declarado da historia. Derek Dustin é um personagem especial porque ele nasce fora do sistema, dessa lei de procriação. Ele nasce da maneira mais natural possível, não foi programado geneticamente. Isso causa uma serie de consequências e a partir daí a história se desenvolve.

– Apesar de você ser bastante jovem, a história é bastante complexa. Como criar um enredo tão rico com tão pouca idade?

Dani: Eu sempre gostei muito de histórias de ficção, de filmes, livros como o Senhor dos Anéis e Harry Potter. Sempre li muito gibi, principalmente na época em que estava escrevendo o livro. Minha grande inspiração veio dessa literatura fantástica, de super habilidades. E o meu livro, apesar de ter esse embasamento científico ou pseudo cientifico, é muito ligado à ficção. Embora tenha reflexões do nosso mundo real, eu trato tudo muito um caráter fictício, não exploro nenhum teoria existente, mas eu traço algumas realidades. Isso é o mais é legal: brincar com a ficção e trazer essa reflexão para a realidade.

– A literatura de ficção é bem vendida entre os jovens, embora os títulos mais conhecidos sejam estrangeiros. Como tem sido a experiência de lançar um livro desse gênero, de forma independente, no Brasil?

Dani: Eu estou começando minha carreira como autora independente, não tenho nenhuma editora por trás de mim e isso dificulta um pouco em termos de distribuição. Mas eu acredito que o mercado está mudando e os leitores são muito ativos. Eles querem coisas novas, estão abertos a autores novos. Correndo atrás e buscando uma propaganda boa, estando acessível ao leitor, acredito que vamos achando um caminho. Embora não seja fácil, acredito que também não é tão difícil conseguir meu espaço no mercado.

– As redes sociais encurtam o caminho do autor independente até o leitor. Esse meio tem importância no seu trabalho?

Dani: Facilita bastante. Eu tenho perfis no Facebook, Twitter  e também faço vídeos no Youtube pra falar mais sobre a obra e a série. No Facebook tenho uma página (Dani Ferreira Autora), no Twiter um perfil (@dani_f_autora), além do canal no Youtube (daniferreira). Meu email é dani@ferreira.com.br e o site é o danifereira.com.br. São vários canais de acesso e divulgação, o que ajuda nos sites de pesquisa.

– Como foi o caminho até aqui, desde a concepção da obra até o lançamento?

Dani: Eu comecei a escrever em 2010. Até terminar de escrever, reler, reescrever e ele ficar pronto demorou uns quatro anos. Durante esse tempo, enquanto eu escrevia,  percebi que precisava de recursos, então passei a trabalhar em outras áreas também. Áreas de informática, serviços de web design e design gráfico. Trabalhei com isso durante o período em que escrevia o livro e comecei a juntar os recursos necessários. São varias etapas de produção: edição, revisão, ilustração, diagramação, capa, e isso tudo tem um custo, que eu consegui arcar através dos meus próprios recursos. O da impressão a gente pesquisou muito para achar o menor custo. Eu tive auxílio do meu pai que é livreiro e tem contatos.

 

Lançamento do livro na Livraria da Travessa, no Rio de Janeiro 

 

– Você é cristã evangélica, mas não buscou escrever e nem entrar no mercado religioso. Por que fez essa escolha?

Dani: O meu livro não é evangélico. Eu tenho valores e visão com esse projeto: levar uma mensagem de esperança ao público infantojuvenil e tentar ser uma inspiração de valores de bem: honra, justiça, amizade e fé. Acredito que são valores cristãos. Então eu aproveitei o entretenimento – a leitura é primeiramente entretenimento – para passar essa inspiração. Ao primeiro momento não é uma leitura cristã, mas se você ler o livro e tentar entender esses valores, você vai enxergar. Acredito que acaba até difundindo melhor e mais amplamente, alcança mais do que eu se colocasse restritamente evangélico.

 

– Já tem previsão para a continuação da história?

Dani: Eu continuo escrevendo o livro 2. Está bastante avançado e estou esperando a história fluir e trabalhando na divulgação do primeiro livro, pois é importante expandir a série para conseguir alcançar o mercado.

 

– Você já sabe onde quer chegar com a história ou vai escrevendo e as ideias vão surgindo?

Dani: Na verdade quando eu comecei a escrever eu já tinha o esboço dos três livros e antes de publicar já tinha planejado como eu queria que a historia fosse caminhando. Então eu já tenho um final em mente e o esboço dos outros dois.  Continuo escrevendo,  porque é aquela  coisa: eu escrevo, leio, reescrevo, mas o esboço já está escrito.